quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Esburaca-me


Olá.

Ontem fui sair e conheci a nova namorada de um amigo. Reparei que ela a falar, volta e meia, babava-se. Ainda pensei que pudesse ser uma pastilha mal mascada, mas não, ela tinha um piercing na língua, que por acaso era enorme. Acontece que este meu amigo, em pequeno, era daquelas crianças que se queixam de tudo, do género: “Epá, isto tem natas”, “tem côdea”, “tem espinhas”…

Agora suspeito que cada vez que a beija deve dizer: “Uhhh! Tem ferro!”

Só espero que esse meu amigo não tenha a triste ideia de fazer um piercing na língua também. Como é que ele depois explica ao filho que não pode meter berlindes na boca?

E se ele fizer no… se ele, influenciado pela nova namorada, fizer um buraco no coiso? Quem é que faz um no coiso?

Um indivíduo destes vai ao urinol público…

- Pin, Pin, Pin, Pin, Pin!

Caso se trate de um senhor africano, é preciso ter cuidado, pois poderá entrar em despesa.

- Ó amigo, então você deixa-me cair o seu coiso assim e parte-me o urinol?

E estas coisas de piercings vêm alterar por completo as nossas relações… para sacar uma miúda já não é preciso muita conversa… basta um íman!

- Ouve lá, como te chamas?
- Eu sou a Rita…
- Então ‘bora…
- Ah! Ah! [Com a língua de fora, e a ser arrastada discoteca fora] Diz-me pelo menos o teu nome!

Com tantos parafusos e platina nos ossos, barras e bolas de ferro na carne… nunca estivemos tão perto de criar robôs. Embora eu não veja no futuro, um robô todo de ferro a pôr uma bola de carne junto ao sobrolho.

Ontem ter visto a namorada do meu amigo fez-me questionar a origem dos piercings… eu sei que as pessoas pensam logo nas tribos. Pois, mas nós não andamos de tanga, nem vivemos em cabanas, com muita pena minha, na parte da tanga. Enfim, eu acho que o primeiro piercing foi inventado nas obras. Um senhor sem querer deve ter espetado um prego num colega.

-Ai! Ai! Tira-me isto!
- Espera, olha que isso até nem te fica mal! Vira-te lá, agora assim. Olha, também quero um, espeta-me aí!

Também penso na hipótese de isto ter começado por culpa de um médico.

- Ó Sr. Doutor, o meu filho só gosta de música do diabo, veste-se de preto e faz tatuagens na pele, o que é que lhe falta?

- Bem, assim de repente, acho que lhe falta um parafuso.

«Enche o meu peito, num encanto mago,
O frémito das coisas dolorosas...
Sob as urzes queimadas nascem rosas...
Nos meus olhos as lágrimas apago...»

3 comentários:

Rp disse...

Um bocado roto esse poema aí no fim... Mas percebe-se...
Vou furar o pau =)

Ci Dream disse...

k bom voltar a te encontrar ping pong..eh eh

por falar nisso...tb tenho um...

beijo da ci

Ricardo Tomé disse...

fazer um piercing no lóló deve ser uma experiencia tanto ou quanto estranha. e que nao consigo imaginar sequer. deve ser um misto de dor com loucura, em que, quando esse gajo tiver um filho, o miudo vai-lhe fazer uma espera com os restantes miudos da creche e vai-lhe enfardar como se nao houvesse amanha, enquanto lhe diz: "ENQUANTO EU NAO NASCIA, QUANDO PINAVAS COM A MAE, EU ESTAVA SEMPRE A LEVAR COM O PIERCING QUE TINHAS NA GAITA"

companheiro, desculpa ter vindo tanto tempo depois mas passarei a visitar-te por aqui mais regularmente!