segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Ora viva


Estive umas boas semanas afastado. Para acalmar muitos dos que insinuaram e questionaram, não, a fonte não secou. Estou aqui.
Não pertendia revelar muito o meu eu, nem revelar actividades extra-blog, como revelar o facto de ser aluno universitário. Mas estas semanas fui muito à faculdade, nos dias em que se vai mais... aliás, os dias que se vai de todo. Os dias de exames. Sou da espécie estudantil que tenta sobreviver ferozmente no percorrer da vida animal universitária, uma espécie em vias de completa extinção, o "Baldas". Sou o anormal que não vai às aulas, que passa figuras de parvo quando lhe pergutam o que se deu na última aula e que anda à caça de todo o tipo de apontamentos possíveis de se encontrar que estão na posse dos "Cromos". Esta espécie é o oposto do "Baldas". Tem tudo apontadinho, sendo a grande fonte de alimentação do "Baldas". Muitos "Cromos" já fazem apontamentos especiais para os "Baldas" se servirem deles. É desses apontamentos que os "Cromos" fornecem que eu ando sempre à caça. Sou um baldas com sucesso. Engraçado é superar os próprios "Cromos" que nos fornecem os apontamentos nas notas finais.

Bom, este frenesim diário de deslocações em transportes públicos até à faculdade dá-nos uma inspiração fantástica. Vê-se um pouco de tudo. Nos primeiros dias optei pelos headphones para me distrair, mas num dia em que a bateria falhou fui obrigado a ouvir a banda sonora da vida. Velhas estridentes, jovens estudantes, homens da construção civil, empresários com telemoveis de última geração a falar muito alto e muitos outros exemplos de músicalidades quotidianas.
Aprendi com esta experiência que os portugueses têm um pouco de dislexia na fala.
Têm sérias dificuldades em falar correctamente o nosso belo idioma (engraçado seria eu por acaso ter erros nesta frase ou no resto do texto, não lhes deêm importância). Eu delicio-me com certos "bitaites" e sotaques. O que mais me irrita é o "s" na segunda pessoa do singular em alguns verbos como "fostes", "viestes", "arranjastes" e por aí fora. Decidi parar com exemplos porque já me estava a sentir mal, para além disso os "Gatos" já falaram sobre este problema num scketch e não quero saturar essa ideia.
Vou passar a citar as palavras que os portugueses mais sentem dificuldades em dizer correctamente, e à frente o modo como é dita (uma delícia):

- Programa _ "Pugrama";
- Camião _ "Camion";
- Telefonar _ "Tufonar";
- Gasoleo _ "Gasoile";
- Televisão _ "Tuvisão".

É aterrorizante a frequente utilização destes termos por maior parte da nossa população que utiliza transportes públicos e não só. Imaginem, numa só conversa um homem pode munir-se com todos estes termos. É de arrepiar. Senão vejam, "Hoje «tufunei» à minha Maria para ir ver o «pugrama» que vai dar na «tuvisão», peguei no «camion» e fui meter «gasoile» e fui buscar a «Maria»"

Isto para não falar do número 13. Digam lá... isso. Ai espera... Nanny, não Nanny, não se diz "treuze", diz-se treze. Muito bem. Vamos lá ver, treeeeze. Impecável. Não metam o "u" nessa salganhada por favor. Obrigado.

Atenção: Eu gosto da Nanny.

~Desligadas dos círculos funestos
Das mentiras alheias,
Finalmente solitárias,
As minhas mãos estão cheias~

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Za Ze Zi Zo Zu


Juro. Estava mesmo quase a ir para a cama. Mas pensei, "vou ao blog escrever coisas". E vim.

Chego aqui e... o que escrever?

Ah já sei! Hum... talvez não. Podia gerar uma (outra) revolução feminina.

Esperem, vou buscar um Ferrero Rocher.

Já sei, começo pelo título e logo começo a dissertar.

Ora bem, um título. O pong, o génio.

Melhor não entrar por aqui, ainda pensam que sou um convencido. A minha mãe sempre me ensinou a ser modesto e não andar para aí a mostrar o que somos. Podemos chocar as pessoas.

Adoro Ferrero, vai mais um.

Ah já sei... já sei que me bufei. Senti o cheiro. É que foi mesmo silencioso.

Muito bem, a partir de agora vamos lá parar com estas linhas que simulavam o que supostamente estava a fazer, quando na verdade não fui buscar um Ferrero Rocher, fui buscar um Mon Chéri.

Vai começar o post de hoje.

B.I.

Tenho pensado sobre isto um pouco.
Realmente não tenho pensado muito, tenho só mesmo pensado um pouco.
É que nem é um assunto bonito mas pronto. Pensei.
E aqui vai em forma de conselho.
Tenham cuidado com os nomes dos vossos rebentos. Quando se espera um filho, a grande odisséia de um casal é escolher o nome. Esta escolha, pode ser extremamente marcante na vida da criança, pois posteriormente, já adulto, pode sofrer graves problemas de nível social e até psicologico.
Gostava só de saber o que se passou na cabeça dos pais que deram o nome de Micaela a uma filha... Isto é não olhar pelo bom futuro da criança. É um desastre. Sei que corro o risco de apanhar alguém com este nome e também com outros que vou mencionar, mas sintam-se na liberdade total de vir confirmar em público a vida de merda que tiveram graças ao vosso nome, dando assim sentido à minha teoria.
Mas é que nunca, jamais optem por Amanda, Severino ou Sofia como nome para uma criança vossa, de um familiar ou até mesmo de um vizinho. Tapem a boca a quem sequer tentar pronunciar tais sílabas para baptizar uma criança. Apenas, não deixem que tal aconteça. Imaginem na escola: "Olha a Amanda, aquela que 'amanda' uma foda com todos!"; "Olha o Severino, o que tem o caralho pequenino!"; "Olha a Sofia, 'enfia enfia'...!".
Tenham cuidado, está a infância de uma criança em jogo.

~Foi um imenso desperdiçar de gente
Para que ela fosse aquela perfeição
Solitária exilada sem destino~

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Pongo sentido em algo

Fui alertado por um "caro bloguista", que no nosso português existem termos que podem ser complicados de perceber. Não por ignorância mas talvez por não fazer parte do leque de termos utilizados no quotidiano. O facto é, uma pessoa tenta ser no mínimo educada, e não escreve coisas como boquete, mamada ou mesmo broche, não se apercebendo de eventualmente estar a estragar a comunicação que no fundo deve ser clara, pois é para comunicar às claras que aqui estamos. Isto tudo porque no meu último post escrevi "felácio".
Com o seguinte filme passo a mostrar como realmente poucos são aqueles que percebem o significado de tão belo termo como felácio. Peço que tomem especial atenção à mulher que pede para falar em português (ela é portuguesa) e que reparem num rapaz que diz, "não se faço a mínima ideia". Genial. Atrás destes de certo que não fica a mulher que diz que felácio é... "uma bebida feita com cerveja". Com isto só vos resta mesmo ver o filme.



Se me permitem, abro aqui um parêntesis neste post para mencionar o que gerou o meu anterior post. No fundo gerou uma revolução bonita. Claro está, por parte das mulheres... que me amam, eu sei. As meninas e moças envolvidas na destemida e organizada revolução sabem de que falo, saberão também que tudo se resolveu na base do respeito, aliás estamos numa blogoesfera. Defendeu-se no fundo que tanto o homem como a mulher tem o direito de se peidar, sendo posteriormente elogiado\a por tal acto. Com a ligeira vantagem por parte das mulheres de se puderem peidar vaginalmente.
Agora, para as meninas envolvidas na revolução cibernáutica, obviamente também para todas aquelas que apenas se limitaram a observar e para as que nem nela ouviram falar, vou mostrar-vos uma anedota. Gosto de fazer rir.


Quando Deus criou Adão e Eva, disse aos dois:

- Tenho dois presentes para distribuir entre vocês: um é para fazer xixi em pé e... Adão, ansiosíssimo, interrompeu, gritando:

- Eu! Eu! Eu! Eu!

Eu quero, por favor... Senhor, por favor, por favor, sim?

Facilitaria-me a vida substancialmente! Por favor! Por favor!

Eva concordou e disse que essas coisas não tinham importância para ela. Então, Deus presenteou Adão. Adão ficou maravilhado. Gritava de alegria, corria pelo jardim do Éden fazendo xixi em todas as árvores.

Correu pela praia, fazia desenhos com o seu xixi na areia. Fazia-se de chafariz. Acendia uma fogueirinha e fingia ser bombeiro (riu-me muito nesta parte). Deus e Eva contemplavam o homem louco de felicidade, até que Eva perguntou a Deus:

- E... qual é o outro presente?

Deus respondeu:

- Cérebro Eva, cérebro.

Espero agradá-las meninas. Mas o meu mundo perfeito continua no alto dos meus sonhos e um dia chegará, um dia.