terça-feira, 18 de março de 2008

Engraçadinhos dos grupos


Olá pessoas, que por uma desafortunada eventualidade entraram neste blogue.

Preciso de dois segundos para largar os pistácios que estou a devorar. Fica difícil escrever e comer esta maravilha ao mesmo tempo.

Pronto. É assim, eu hoje decidi aparecer aqui para falar sobre uns certos indivíduos que me fazem comichão na orelha esquerda. São os engraçadinhos do grupo. De certeza que já saíram à noite num grupo de amigos e notaram que há sempre algum ser que se tenta destacar com piadas feitas, daquelas curtas e secas.

Algumas das piadas já metade do grupo ouviu e avisam-no antes de começar, “olha que já sabemos essa”, mas ele continua, porque num grupo de dez pessoas há sempre um infeliz que desconhece. Cabrão.

Normalmente, quando um grupo sai à noite é para se divertir, beber, conversar e socializar. Ora, ninguém nesse grupo quer um espectáculo de stand-up privado. Aposto que esses monstros, que devoram o convívio de milhares de grupos de amigos espalhados pelo nosso país, ficam em casa a decorar as piadinhas secas e curtas durante horas e horas, para depois poderem forçosamente entreter o público presente, descarregando todo o seu arsenal de piadas. Por exemplo, “Sabem o que diz o tijolo macho para a tijolo fêmea? Há um ciumento entre nós”.

Tiram-me do sério estas piadas.

O meu plano – sim, eu tenho um plano – é acabar com o ataque feroz que estes seres exercem sobre quem menos espera. Para que da próxima vez um engraçadinho não vos apanhe desprevenidos, forneço-vos aqui uma pequena lista de piadas secas para que se defendam desses seres maléficos, que tanto buscam protagonismo no seio dos grupos de amigos. Se souberem mais piadas que ele, vão roubar-lhe toda a atenção que ele procurava, e assim a vida poderá tomar o ser curso normal. Enfim, sinto a responsabilidade de vos treinar para um próximo confronto com um engraçadinho.

Aqui está a lista de piadas feitas e secas… bem secas. Treinem muito:

- Como é que se chamam dois ciganos a andar lado a lado?
- PARA LELOS.

Pergunta um americano a um chinês:
- Do you have elections?
Ao que o chinês responde:
- Yes, yes! Evely molning!

- Quanto custa um selo para mandar uma carta?
- 30 cêntimos!
- E para mandar o baralho inteiro?

- Porque é que os elefantes não podem ser queimados?
- Porque eles já são cinza.

- O que é que o Tarzan diz quando vê uma manada de elefantes à distância?
- "Olha, uma manada de elefantes à distância!"

Diz uma impressora para a outra:
- "Esta folha é tua ou é impressão minha?"

- Era uma vez um cão que respirava do rabo.
Sentou-se, e morreu.

- Como é que se mata uma planta?
- Faz-se-lhe a folha.

Estavam duas vacas a falar, e um amendoim diz para o outro:
- Sabes! Acho que estamos na anedota errada..."

- Quando é que os chineses sabem que a maré está baixa?
- Quando o Bangladesh.

- Quantos elefantes se podem meter num táxi?
- Quatro. (Um ao lado do condutor, três atrás)

- Quantas girafas se podem meter num táxi?
- Nenhuma, está cheio de elefantes.

Pronto, acabou-se a nossa sessão de treino por hoje. Se quiserem saber mais piadas destas contactem-me, mas é provável que não atenda, pois estarei a jogar Ping Pong.

Sim, a foto é só para chamar a atenção.

terça-feira, 11 de março de 2008

Se limpas o que sujo, és amigo


Ena, que este blogue está cheio de pó. Ora vamos lá dar um jeitinho a isto.

Há uns dias atrás estava a comer amendoins e pensei numa coisa. Lembrei-me que os homens do lixo e aqueles que andam a varrer as ruas têm uma farda que inclui um colete fluorescente e umas faixas reflectoras. A minha pergunta é a seguinte:

Que merda de ideia é essa?

Não acham que o homem já se sente suficientemente triste com a profissão que tem? Acham mesmo necessário vesti-lo de fluorescente? Será assim tão importante que toda a gente repare que é de facto ELE que anda a varrer as ruas e a recolher o lixo de contentor em contentor? Não fossem os amigos duvidar, convém que se fique a saber quem é. Pois olha, é mesmo aquele ali. Aquele que ali vai todo reluzente.

Nem sei como é que nunca se lembraram de lhe colocar o nome nas costas, como os jogadores da bola. Albino Silva! Em letras grandes, não vá passar um gajo meio cegueta e que lhe escape o nome do desafortunado.

Da forma como anda Portugal, caso houvesse um gabinete que atribuísse uma farda a cada pessoa, dependendo da sua profissão, aposto que um assassino receberia uma bem discreta.

- Matou alguém? Vamos vesti-lo de branco, ou creme. Algo que vá bem com o seu tom de pele, e claro, que não dê muito nas vistas.

- Próooooximo!

- Ai anda a recolher lixo? Leve uma farda fluorescente, com dez reflectores em cada braço, para que saibam bem quem você é.

E isto não está correcto. Devíamos estimar o homem do lixo, porque ele é o nosso mafioso. E sabem porquê?

Se por acaso já assistiram a filmes sobre a máfia, já viram concerteza que há sempre um gajo que vai "limpar" a borrada que o mafioso fez. Ou seja, é o cleaner.

Cada um de nós precisa de uma cleaner. Quando andamos a comer a vizinha do terceiro esquerdo, às escondidas da nossa mulher, e a gaja se esquece das cuecas lá no quarto, onde é que pomos aquela cena cheia de renda vermelha? No lixo, pois claro. Ninguém fica a saber. Só o homem do lixo. O nosso mafioso e grande companheiro cleaner, a. k. a. Albino Silva.

Reflictam sobre isto. Na próxima vez que forem deitar um pacote de Yasminelle para o chão, lembrem-se que existe sempre um homem do lixo para nos safar da merda que fazemos. Respeitem todos os trabalhadores modestos e honestos. Ah… e nada de largar porcaria aqui no blogue. O camião do lixo deixou de passar por estes lados já há muito tempo.